Um queijo digno de Imperadores

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O maior produtor de queijo do reino no Brasil está em Minas Gerais

Minas Gerais é conhecida pelo seu amor por queijo, tanto por consumir, quanto por produzir a iguaria. Na região de Dr. Sá Fortes, em Antônio Carlos, região da Serra da Mantiqueira, em Minas Gerais, está o laticínio detentor do título de “Melhor Queijo do Reino”, título conquistado sete vezes no concurso realizado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), o Queijos Millano.
O laticínio fundado em Antônio Carlos a mais de duas décadas, é uma empresa familiar, fundada por Moacir Vidal e Aparecida Morais, nas terras da fazenda da família, já com o objetivo de produzir o Queijo do Reino, pelas vantagens que o clima local poderia proporcionar.
A história que começou pequena, como fonte de sobrevivência para uma família, hoje auxilia dezenas de famílias em toda a região, que vai desde os funcionários do laticínio até os produtores de leite, que recebem estímulo financeiro pela qualidade do leite entregue ao laticínio.
A empresa também se destaca pela sua produção, sendo o maior produtor de queijo do reino da região, produzindo além da marca Queijos Millano outras três marcas da iguaria, Bambino, Palmyra e Borboleta. Por dia são produzidos uma média de 1.200 kg de queijo, sendo intensificada nos períodos que precedem as festas de São João e Natal, chegando até 1.400 kg por dia. A empresa preza pela qualidade do produto e segue à risca todas as regras dos órgãos fiscalizadores.
As regiões norte e nordeste são as maiores consumidoras do queijo do reino no país, cerca de 80 a 90% da produção. Além do queijo do reino, o laticínio ainda produz o queijo minas padrão para suprir a demanda da região, além da manteiga e do queijo parmesão ralado.
QUE VENHA O QUEIJO DO REINO! 
Inventado na região de Antônio Carlos, o Queijo do Reino é uma versão “abrasileirada” do queijo Edam, originário da Holanda. O clima similar entre a região brasileira e a holandesa proporcionou as primeiras tentativas de produção na região, lideradas pelo Dr. Sá Fortes, que posteriormente deu nome à região onde hoje é produzido o Queijo do Reino Millano.
A iguaria levou este nome devido à preferência da Corte Portuguesa pelo queijo que foi o primeiro queijo curado industrializado do Brasil.
O CAMINHO DO QUEIJO
O queijo do reino leva cerca de um mês e meio durante seu processo de industrialização, são 45 dias da chegada do leite ao queijo embalado!
O leite utilizado na produção dos queijos vem de produtores da região, que são estimulados e instruídos a prezarem pela qualidade de seu produto, através do manejo e ordenha feitos corretamente.
O leite passa por uma análise completa no laboratório do laticínio, que avalia a qualidade e verifica a presença de possíveis impurezas. Depois de selecionado, o leite é submetido a uma temperatura de 72° e em seguida é resfriado em uma temperatura de coagulação e conduzido aos tanques de fabricação através de tubulação em aço inox.
Na fabricação do queijo, a empresa conta com a mão de obra especializada de seus colaboradores, que passam regularmente por treinamentos para oferecer cada vez mais um produto de qualidade.
O leite é então selecionado e pasteurizado. Nos tanques de fabricação são adicionados os demais ingredientes e, com o leite coalhado é efeituado o corte da massa que será trabalhada artesanalmente para que o queijo possa começar a adquirir textura.
Durante a enformagem, o queijo é pesado e colocado nas formas onde irá adquirir o formato arredondado e prensado para retirada do excesso de soro. Após a prensagem que pode variar de 20 a 24 horas, o queijo é levado à salmoura, permanecendo de 24 a 48 horas, dependendo do tamanho, e em seguida vai para as bancas de secagem.
Quando o queijo atinge textura, formato e salga, vai para a pintura, com tintura vegetal avermelhada, feita do urucum, e em seguida é conduzido para a câmara de climatização para sua maturação, com temperatura e humidade controladas, sendo virado manualmente uma vez ao dia para garantir a forma arredondada.
EMPRESA AUTO-SUSTENTÁVEL
A Millano também se destaca como uma empresa auto-sustentável, conta com uma equipe de campo que realiza um trabalho intenso com os produtores a respeito da qualidade do leite, dando palestras, instruções referentes ao manejo correto dos animais e higienização na hora da ordenha. Ao chegar no laticínio, o leite é analisado, pasteurizado e segue para a produção. O soro do queijo é desnatado e concentrado, sendo aproveitado completamente e não se tornando um problema para o meio ambiente.
A fazenda possui uma plantação de eucaliptos para as caldeiras e cinco nascentes próprias, além de uma estação de tratamento de efluentes (ETE) e um filtro de gases para as caldeiras.
Queijos Millano
Estrada da Borda KM 03, Dr Sá Fortes
Antônio Carlos
(32)3330-1315 / 3330-1364
[email protected]
Texto: Flávia Pedrosa

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