Recebemos da vida, como se nos entregasse presentes, os exemplos que podemos ou não seguir
A um dos maiores representantes vivos do arquétipo de masculinidade, o Sr. Bridger Walker de 06 anos todo o meu respeito! Provavelmente nunca nos conheceremos pessoalmente, o que seria uma honra, mas dá gosto ver que um homem de 06 anos, pois é assim que deve ser chamado, já entende um dos seus mais relevantes deveres no mundo: ser aquele que se gasta por uma mulher!
E o motivo da minha satisfação não tem a ver com a sua face desfigurada por ter protegido sua irmã. Pra uma instância além disso, vale dizer que ele foi criado e educado por alguém que também acredita nesse ideal e esse é o meu motivo para escrever essas linhas. O homem é o ser da guerra e isso pode ser dito sem uma conotação sobrepositora!
O que conta aqui não é a impossível comparação, levianamente feita por alguns, entre os entes biológicos masculino e feminino. Não há balizador físico e emocional entre homem e mulher. Cada um com o seu próprio atributo; cada um com a sua própria incumbência. Que o diga Pandora, detentora da perfeição visual máxima entre os seres humanos, criada num momento pós-erro, reteve guardada a esperança. O ser gerado depois do equivocado advento masculino não mais acredita que exista amanhã e que o futuro seja digno de crédito… Bridger mostra o contrário!
Cabe dizer que à mulher pertencem beleza, complexidade e sensibilidade e é exatamente por acreditar serem esses construtos possíveis ao homem que estamos gerando uma leva de figuras gamificadas e o estereótipo daquele que deveria estar no front, defendendo a sua família hoje paira deitado no sofá conseguindo com um controle de videogame vitórias que na vida real não foram possíveis dado o nível de “conformismo” e “inércia” comportamental das últimas décadas. Vemos uma geração de mulheres cada vez mais masculinizadas pelas muitas necessidades que se apresentam e que são prontamente atendidas, pois se há algo que nunca foram é fracas. Acontece, que deveriam existir mais Bridger’s, que entendem os três papéis fundamentais de um homem: prover, proteger e satisfazer. A quem?! Àquela que lhe conquistar e como disse o poeta, der a ele o maior dos direitos além da constituição de uma hombridade madura: “um homem só é um homem de verdade quando ouve seu nome pronunciado de maneira amável pelos lábios de uma mulher”.
Se existe essa leva de mulheres necessariamente masculinizadas, assistimos à uma era em que se Instauram os homens-meninos. Aqueles que, infantilizados, brincam com corpos, mas não estão dispostos a tratar uma mulher pela sua essência; aqueles que ditam e querem valer-se do que é belo, mas que não vêem além de uma casca produzida para agradar. Masturbam-se e desfrutam de um ideal sexual jamais conquistável de maneira plena: recebo por direito, aquilo que ofereço!
Bridger não é só um herói de rosto desfigurado, como são todos os grandes heróis. É o emblema de como nós pais, maridos, irmãos, amigos, desconhecidos, deveríamos tratar a figura da mulher. O que vemos, no entanto, não passa de uma geração pó de arroz, que disputa secadores e horário nos salões para assumir um papel que nunca lhes coube, bem como um lugar de proeminência. Deixe isso para elas e cuide do que é seu: protegê-las de todo o mal possível.
“Mas, Sileimar, as mulheres de hoje em dia não querem e não precisam ser protegidas.” O que as mulheres não querem é ter que prestar um favor ou honrarias àqueles que deveriam, por ofício, serem os que se gastam para que elas permaneçam. Ofereça-se de maneira genuína e perceba a reação. Disse um sábio que o indivíduo torna-se a exata imagem daquilo que ama. O que temos amado?! Olhe para si e pelos resultados da vida perceba por si só…
Creio que no nosso tempo ainda veremos aqueles que, contra todas as falácias, não são potenciais agressores apenas pelo fato de terem nascido. Creio em uma geração que lutará mais do que para provar a inconsistência do estigma de gênero atual; lutará pelo direito de exercer suas únicas funções reais no mundo, repito: prover, proteger e satisfazer.
O amor existe e para além de toda a opinião coletiva hostil, prevalece!
Façamos, como homens, valer cada um dos 90 pontos de Bridger e sua cicatriz como um emblema do que devemos (E podemos , caso queiramos) ser.
“Se alguém deveria morrer, esse alguém seria eu porque ela é uma menina!”