A Fundação de Apoio à Universidade Federal de São João del-Rei (FAUF) e a Universidade esperam 120 mil pessoas durante a 30ª edição do Inverno Cultural. O evento de artes integradas será realizado a partir deste sábado (21) na cidade histórica.
Até 29 de julho, serão promovidas 43 oficinas, com expectativa de proporcionar formação para 1.461 moradores, e 63 eventos – seis debates, 13 espetáculos de Artes Cênicas, 15 shows, cinco exposições, dentre outras intervenções.
A edição ocorre em nove bairros da cidade, dentre eles, Tijuco, Matosinhos, Dom Bosco e Centro. A proposta do festival é levar as pessoas a se conectarem com as culturas e vivenciarem as diferenças, despertando a reflexão sobre a relação com a sociedade.
O evento pretende oferecer atividades que busquem uma maior interação entre o artista e o público. Voltado para a educação, o festival abre espaço para novidades como residências em Artes Cênicas e ateliê livre para crianças.
Exposições e oficinas
Na programação constam cinco exposições: “Diário Coletivo de Insignificâncias”, “Diário do Mar em Minas”, “ Penso, logo, resisto”, “Paisagens das Vertentes” e “Reflexo”, além de três mostras de Artes Visuais.
O Inverno Cultural promove terá também 43 oficinas em seis áreas temáticas: Arte-Educação, Artes Cênicas, Artes Visuais, Especiais, Literatura e Música. Quase 70% das vagas são destinadas para crianças entre 8 e 12 anos de idade.
Museu Regional
Sete eventos serão realizados no Museu Regional, entre apresentações teatrais e musicais, e duas exposições de arte, promovidas em parceria com a Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ).
Na sexta (27), às 19h, será o lançamento do CD Passim, com canções originais do violonista Flávio Vasconcelos e da cantora Jacque Falcheti. O álbum foi gravado em Portugal, no Centro Internacional de Música e Danças do Mundo Ibérico (Musibéria), e apresentado em sete países, desde 2016.
A programação também conta com o Recital de Órgão de Tubos, por Elisa Freixo, e com o espetáculo musical uZerê, dos músicos Clebson Cunha e Lecinho. As atividades do Museu durante o Inverno Cultural ainda incluem oficina de palhaçaria, intervenção de palhaças e uma apresentação performática que une música e poesia.
O Museu Regional recebe ainda duas exposições idealizadas por alunos e professores da UFSJ. “No Caminho do Barro”, contém peças em cerâmica, e a “Penso, logo resisto” apresenta foto-colagens que promovem a reflexão sobre a representatividade dos corpos femininos nas mídias.
As entradas são gratuitas e sujeitas à lotação do local.
Confira os destaques da programação
Sábado (21)
A partir de 20h, na Praça Senhor Bom Jesus do Matosinhos, a banda Red Maria promove um tributo à black music, passando pelo blues, jazz e soul. Em seguida, Diego Moraes apresenta, às 22h, o primeiro disco autoral “ÉQueEuAndoDeÔnibus”.
Domingo (22)
A abertura oficial será às 16h, no Centro Cultural UFSJ, seguida da primeira sessão de lançamento de livros. A Praça da Biquinha, no Tijuco, recebe, às 19h, o espetáculo Ópera de Sabão, da companhia teatral Maria Cutia (BH), proporcionando uma viagem pela Era do Rádio em meio a uma trilha sonora original executada ao vivo pelos atores.
A partir de 20h, na Praça Senhor Bom Jesus do Matosinhos, Boêmios de Ísis apresentam releituras do samba jazz, com o álbum “O Bebop do Nosso Samba”. Em seguida, a banda SulSouth traz o melhor da World Music, com Rock, Pop, Reggae, Funk e Folk presentes no álbum “Rocket Ship”.
Segunda-feira (23)
No dia 23, às 18h, no Centro de Referência Musicológica José Maria Neves (CEREM), haverá a Conversa com os Poetas Carlos Ávila e Taís Guimarães, que falam sobre o processo de criação poético e diversos assuntos relacionados ao mundo da poesia.
Está previsto um concerto de Ian Guest no Centro Cultural da UFSJ, com a obra autoral “Aventura de Lápis e Borracha – música popular camerística”.
Às 21h, o Barteliê recebe mais uma edição da Poesia com Cachaça: com muito humor, várias pessoas recitam poemas curtos e irreverentes em que a cachaça é o personagem principal.
Terça-feira (24)
Das 17h30 às 19h, acontece a conferência “Vozes da Comunidade e a Cultura Popular na Cidade”, para discutir a realidade dos grupos de Cultura Popular dentro do espaço urbano e sua comunicação com outras manifestações artísticas.
Às 20h, no Campus Tancredo Neves (CTAN), a conferência “Fixos e Fluxos: errâncias e nomadismo em territórios desconhecidos” compartilhará pesquisas e referências que inspiram suas criações, apresentando procedimentos experimentados na residência, com foco em três ações desenvolvidas ao longo de sua trajetória.
Às 20h, na Sala Preta do CTAN, entra em cena o espetáculo O Jardim das Cerejeiras, o qual, misturando o realismo e o simbolismo, retrata as mutações íntimas, familiares, sociais e políticas que movem a Rússia no início do século XX.
No mesmo horário, Celso Moreira apresentará, no Conservatório Estadual de Música, composições autorais, releituras de clássicos da música brasileira nos mais variados ritmos que transitam entre o samba, o choro e o jazz.
Às 21h, será realizado o evento literário “O Sertão que Habita em Mim: causos, cordéis e poesia popular” no Centro Cultural da UFSJ, trazendo o universo da literatura e imaginário populares brasileiros.
Quarta-feira, (25)
Às 16h, no Centro Cultural UFSJ, acontece a Contação de Histórias Infantis – “Foi Coisa de Saci”, levando as crianças para um passeio pelos causos que permeiam a cultura brasileira.
Às 18h30, no CEREM, ocorre a palestra Poema Sonoro: uma leitura tecnorrizomática da poesia.
A apresentação do ensaio aberto Material Cassandra acontece às 19h na Sala Preta do CTAN, retratando a figura de Cassandra e a discussão do valor da palavra, dos acordos e da credibilidade nos dias atuais.
No encerramento das atividades da quarta-feira, à meia-noite, em frente ao Cemitério do Carmo, acontece a inédita Contação de Histórias de Assombração, em que o público poderá se deliciar com este universo fantástico de boas histórias e de muita imaginação.
Quinta-feira (26)
No CTAN: às 19h, a conferência “Figurinos” em ação discute a vivência performática de criação e ocupação artística.
Os poetas ocupam o Centro Cultural da UFSJ, às 21h, na sexta edição da Noite de Poesia “(Des)Encontro (Des) Marcado”.
Sexta-feira (27)
Às 16h, a apresentação cênica “Fixos e Fluxos: errâncias e nomadismos em territórios desconhecidos” percorre as ruas e praças da cidade, com saída do CEREM, apresentando os produtos gerados na residência artística e evocando as memórias inscritas na cidade mineira e no corpo de seus habitantes.
No CTAN, às 21h, o espetáculo “Espectador em Cena” traz um grupo de espectadores – diversas “Caras de São João”- que assumem o protagonismo da peça. Às 20h, À Rita abre o show da noite com diversos arranjos nos gêneros musicais brasileiros, como os das culturas latino-americana e africana, ao rock e pop. Em seguida, a banda mineira Devise fecha a noite com rock alternativo e britpop.
Sábado (28)
Às 15h, “Espetaclin, Paulinho Polika”, une circo, dança e mágica em cenas curtas para crianças no Centro Cultural UFSJ.
Na sala preta do CTAN, às 20h, o espetáculo “Ser – experimento para tempos sombrios” apresenta a narrativa como lugar de resistência, insurgência e crítica. Às 21h, o público interage com a companhia na conferência sobre o espetáculo.
Às 20h, Banda Los Kactus apresenta o show “Maria Fumaça”, com um repertório composto por canções autorais e releituras de canções brasileiras, inserindo elementos musicais da MPB e do Rock.
Às 22h, show de rock com Nove Zero Nove, banda destaque da cena carioca que já dividiu palcos com Sepultura, Raimundos, Dead Fish, dentre outras.
Domingo (29)
O Cortejo e Roda de Jongo – Cultura Popular: uma experiência através da negritude encerram as atividades do festival a partir das 16h no Centro Histórico, relembrando e cultivando a memória do povo negro por meio e uma imersão em suas manifestações culturais.
A banda Pimenta de Macaco, formada pela comunidade UFSJ do Campus Sete Lagoas, sobe ao palco de Matosinhos às 20h.
Para despedir da edição 2018, o show autoral “De Corpo, Alma e Flow”, de Tamara Franklin, destaque da música popular mineira, trazendo as composições criadas ao longo de sua carreira, em uma miscelânea rítmica, entre a música negra e afro-brasileira às poesias imponentes do rap.
Informações G1
