“Gil Refazendo” e “Benguelê” ganham temporada popular do Grupo Corpo em Belo Horizonte

A temporada é uma oportunidade única
Gil Refazendo – Jose Luiz Pederneiras

De 5 a 8 de dezembro, o Grupo Corpo apresenta Gil Refazendo e Benguelê, no Cine Theatro Brasil, em Belo Horizonte. A temporada é uma oportunidade única para assistir a uma das mais prestigiadas companhias de dança brasileira, reconhecida mundialmente e que celebra dois grandes artistas da MPB: Gilberto Gil e João Bosco.

O programa abre com Gil Refazendo. Com 40 minutos de duração, o espetáculo inspirado na música de Gilberto Gil passeia por temas brasileiros e ancestrais, com a coreografia de alta intensidade, assinada por Rodrigo Pederneiras. Após intervalo de 20 minutos, os bailarinos voltam ao palco para um novo encontro entre África e Brasil, desta vez encabeçado pela música de João Bosco com Benguelê. Tão ritualístico quanto festivo, o balé, com 41 minutos de duração, esbanja vigor e potência criativa.

O Grupo Corpo tem patrocínio master do Instituto Cultural Vale e da Cemig e patrocínio do Instituto Unimed-BH, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Sobre o Espetáculo

GIL REFAZENDO

[Estreia: 2022]

Coreografia: Rodrigo Pederneiras

Música: Gilberto Gil

Cenografia e iluminação: Paulo Pederneiras

Figurino: Freusa Zechmeister

[Duração: 40 minutos]

A trilha especialmente criada por um dos papas da música popular brasileira, Gilberto Gil, chegou às mãos de Paulo e Rodrigo Pederneiras em 2019. E ganhou sua primeira tradução cênica – Gil.  Três anos depois – com a pandemia do Covid-19 no meio -, a música voltou ao palco em uma nova encarnação, no espírito de renovar, reconstruir, rever, reviver. Refazer. “É um novo espetáculo”, diz o diretor artístico da companhia, Paulo Pederneiras. O nome ganhou o aposto: Gil Refazendo. Assim como a música de Gilberto Gil, que se ergue na releitura de temas famosos do compositor baiano, o balé foi reconstruído. Inteiro.

A cenografia se apoia numa imagem de fundo em milimétrico movimento. “São imagens em zoom de girassóis que lentamente voltam à vida”, conta Paulo Pederneiras. Vestidos de linho em tom cru – moças de camisa sobre uma malha de duas peças, rapazes de calça e camisa de corte casual – os bailarinos dançam sob a luz “branca e simples”, diz Paulo. Na música, surgem frases e temas de canções de Gilberto Gil – retrabalhadas, mas perfeitamente reconhecíveis nas suas variações, sobre tambores ancestrais, distorções do aparato eletrônico, afoxé, modinha, berimbau e um naipe de sopros de pegada jazzística.

BENGUELÊ

[Estreia: 1998]

Coreografia: Rodrigo Pederneiras

Música: João Bosco

Cenografia: Fernando Velloso e Paulo Pederneiras

Figurino: Freusa Zechmeister

Iluminação: Paulo Pederneiras

[Duração: 41 minutos]

Negro, árabe, indígena; popular e erudito; oceânico e desértico. E intenso. A peça musical de João Bosco, artista mineiro e universal como é o Grupo Corpo, transita pela miscigenação amorosa do Brasil a partir do jongo eternizado em 1965 por Clementina de Jesus (a canção “Benguelê’, de Pixinguinha e Gastão Vianna), que surge em arranjo a capela.

São onze temas especialmente criados (ou recriados) por Bosco, iluminados pela Mãe África e enriquecidos pelas influências cruzadas em uma festa brasileira. A saudade do chão natal, porém – o banzo – é uma origem possível da palavra que dá título ao balé: a fusão de Benguela, região situada ao sudoeste de Angola, com o fonema lê – em quimbundo, nostalgia, saudade.

O sentimento do banzo, melancólico e ao mesmo tempo enérgico, preside a trilha de Bosco.

A música negra de raiz, produzida pelos descendentes de escravizados no Rio de Janeiro – é evocada em Tarantá, Carreiro Bebe e, principalmente, em Benguelê. Pixinguinha é citado também, com trechos de 1 x 0 (inspiração do choro-goleada) e de Urubu Malandro.

Se nos primeiros três quartos do espetáculo, o rito afro, o jogo de roda, a quadrilha, os cortejos e as danças dos devotos se misturam, no palco e nos ouvidos, o final é pura festa, com a coroação do Rei do Congo explodindo em cores e alegria.

GRUPO CORPO
LEI FEDERAL DE INCENTIVO À CULTURA
Patrocínio master: INSTITUTO CULTURAL VALE e CEMIG
Patrocínio: INSTITUTO UNIMED-BH
Realização: MINISTÉRIO DA CULTURA e GOVERNO FEDERAL

SERVIÇO:
GIL REFAZENDO E BENGUELÊ

Cine Theatro Brasil

Av. Amazonas, 315

5 a 8 de dezembro

[quinta a sábado, 20h • domingo, 18h]

Ingressos: R$ 39,80 [inteira]; R$19,90 [meia]


Vendas: www.eventim.com.br

Classificação indicativa: livre
Duração: 1h41 (com intervalo de 20 minutos)

Fonte: Angela Azevedo
[email protected] (31) 99114.7229

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