Folia de Reis: um caminho mágico e colorido de cantoria e fé.

Minas Gerais é um dos estados onde a Folia de Reis mais se faz presente, resguardando uma tradição de aproximadamente 300 anos.

A Folia de Reis é uma manifestação da religiosidade popular, caracterizada por músicas, danças e encenações que retratam a viagem dos três Reis Magos: Baltazar, Belchior (ou Melchior) e Gaspar. Durante o seu giro que, tradicionalmente, vai de 24 de dezembro a 6 de janeiro, a Folia entoa seus cantos e trovas e faz brilhar a força da cultura caipira, rica e múltipla.

Minas Gerais é um dos estados onde a Folia de Reis mais se faz presente, resguardando uma tradição de aproximadamente 300 anos. Em dezembro de 2017, o Conselho Estadual de Patrimônio de Minas Gerais reconheceu a Folia de Reis como patrimônio cultural imaterial do estado. Já o Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA) publicou em 20 de dezembro de 2020, que há 1994 grupos de folias registrados em nosso estado.

 “Cantar folia” não é apenas uma expressão de fé e devoção, mas também um compromisso com a preservação do imaginário, da identidade e da memória dos saberes dessa tradição.

Fé. Devoção. Promessa. Graça. Gratidão. Tradição. Folclore. Emoção. Sincretismo. Oralidade. Uma festa múltipla em cores, motivações e significados. Reúne saberes, expressões, ritos e celebrações em uma manifestação singular: repleta de força e delicadeza.

Cada reza, súplica ou oração é a expressão genuína de um homem que se reconhece pequeno. Enquanto o cortejo entoa seus cantos não há espectador. Todos, foliões e devotos, fazem parte de um todo; pertencem a um todo; colaboram com um todo. São o todo.

A emoção, a alegria, as lágrimas, a cantoria marcam o giro em suas movimentações de união e fé. Assim, todos os deslocamentos, movimentos e direcionamentos dos foliões são verdadeiros rituais, marcados por protocolos específicos que se orientam ao som dos silvos de apitos. Seguem-se os rituais de acordo com o que é determinado, com verdade e crença, e não em busca de promoção ou espetacularização.

Os foliões não representam, eles vivenciam. Eles estão presentes, ou melhor, são verdadeiros presentes. Mestres, reis, hierarquias, mobilização de símbolos, exercício de virtudes e doação. Há respeito, há hierarquia, há senso de coletivo, há solidariedade, há busca, há entrega.

Uma riqueza de símbolos e exemplos que nos inspiram em nosso comportamento cotidiano, pois participar de uma Folia é sair do cotidiano e entender o verdadeiro significado da partilha.

Um feliz mês de janeiro a todos, o mês dos Santos Reis!

Fotos: Thelson_fotos

Terezinha Ribeiro

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