Exposição “Moderna – Revistas Re-Vistas” aborda impressões da imprensa brasileira sobre a Semana de Arte Moderna

Mostra gratuita reúne acervo da Hemeroteca Histórica que narra os desdobramentos do Modernismo a partir de jornais e revistas

Mostra gratuita reúne acervo da Hemeroteca Histórica que narra os desdobramentos do Modernismo a partir de jornais e revistas

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Em 2022, é comemorado o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, evento que ressignificou a arte brasileira. Com desdobramentos em diversas linguagens, o movimento modernista também teve várias influências na literatura, propondo novos olhares para a produção literária no país. É com essa premissa que a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), por meio da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, promove a exposição gratuita “Moderna – Revistas Re-Vistas”. A abertura acontece nesta segunda-feira (18/4), a partir das 19h, e integra a programação da II Semana Estadual de Incentivo à Literatura de Minas Gerais.

A mostra reúne jornais e revistas do acervo da Hemeroteca Histórica e que retrataram, à época, as repercussões do movimento modernista, pelo olhar da imprensa brasileira, com reportagens, críticas e outros conteúdos publicados à época. Há, também, revistas modernistas originais e fac-similares, com ênfase ao modernismo mineiro impresso em A Revista, Leite Criolo e Verde. Os periódicos em exibição fizeram parte do cotidiano por registrarem os acontecimentos da sociedade durante o século XX.

Deglutindo conceitos, apropriando-se de ideias e criando novas possibilidades interpretativas, as publicações modernistas tiveram grande importância para o desenvolvimento dos ideais do movimento. Os emblemáticos manifestos Pau Brasil e Antropófago, por exemplo, são publicados em 1924 e 1928, respectivamente, e caracterizam-se como uma perpetuação das reflexões propostas na Semana de 22.

Para o diretor do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas, Lucas Amorim, a exposição propõe uma visita interpretativa e reflexiva sobre o momento em que a arte brasileira se encontrava. Segundo Amorim, o público terá a oportunidade de entender o Movimento Modernista a partir de outras produções, em especial, como a mídia formou a opinião de leitores a respeito da nova fase artística do país.

“Eram veículos confiáveis de informação que conferiam amplitude e credibilidade aos textos publicados, além de um espaço de privilégio e disputa, pois construíam consensos, sentidos e verdades. No entanto, cem anos depois, o modernismo não pode ser compreendido meramente como um evento único, centrado em um período específico ou por um único porta voz. É necessário considerar os seus desdobramentos e não apenas sua singularidade”, destaca Lucas Amorim.

As revistas modernistas proporcionaram o intercâmbio de ideias entre diversos artistas, romperam barreiras culturais e geográficas, alcançaram leitores variados e abriram caminho para a formação de um modernismo plural. Os modernismos foram, portanto, formados por várias vozes que ganharam ecos nas páginas de jornais e revistas, chegando, também, à exposição.

Modernismo e Literatura
Além da exposição do acervo da Hemeroteca História, o público pode conferir os desdobramentos do Movimento Modernista nas páginas da literatura brasileira. Está em exibição no hall de entrada do Setor de Coleções Especiais, a exposição “Moderna – Liberdade que os revela”. A mostra destaca a transversalidade entre a Literatura e as demais linguagens artísticas, bem como as reflexões do Movimento Modernistas em um contexto nacional.

A Biblioteca Estadual também está preparando leituras de poemas e textos emblemáticos que farão parte de uma playlist a ser disponibilizada nas plataformas digitais e de streaming em breve. As leituras poderão ser acessadas por meio de QR codes disponíveis nos espaços expositivos. 

A exposição “Moderna – Revistas Re-Vistas tem entrada gratuita e pode ser visitada de 19/4 a 4/6, de segunda-feira a sexta-feira, das 10h às 18h. Aos sábados, a mostra fica aberta das 8h às 12h. Não há necessidade de agendamento prévio, mas os protocolos de segurança devem ser respeitados. O uso de máscara de proteção, cobrindo nariz e boca, é obrigatório durante toda a permanência do público no local.

Fonte: https://www.secult.mg.gov.br/

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