A origem da cidade de Cipotânea remonta ao ano de 1711, quando naquelas terras chegaram os portugueses Francisco Soares Maciel, Manoel de Medeiros Duarte, Tomaz José da Cunha, Fernando Soares Maciel e Narciso Soares Maciel. O grupo era chefiado pelo alferes Francisco Soares Maciel que, por isso é considerado como o fundador do arraial.
Procedentes do arraial de Lamim desceram pelo rio Espera até a confluência dele com o rio Xopotó. Era o dia 07 de agosto de 1711, não podendo atravessar o dito rio por causa do seu grande volume, ali permaneceram, lançando as bases de um arraial, ao qual deram o nome de São Caetano (em homenagem ao santo do dia), acrescido do topônimo Xopotó – que em tupi-guarani quer dizer “rio do cipó amarelo”, uma planta trepadeira encontrada em abundância na região.
Dessa maneira, aquele lugar foi batizado com o nome de São Caetano do Xopotó, tendo celebrado a primeira missa o capelão da comitiva, Padre João Martins Cabrita.
Os Indios croatás e puris, de origem tupi, espalhavam-se por toda a região antes da colonização e habitavam o local onde hoje existem os municípios de Alto Rio Doce e Cipotânea. Essas tribos foram praticamente exterminadas da região pelos colonizadores bandeirantes, visto que os indígenas defendiam bravamente suas terras, impossibilitando a fixação dos colonizadores.
Em 1755, Dom Frei Manoel da Cruz, primeiro Bispo de Mariana, a pedido dos moradores, dava a provisão para a construção da Capela de São Caetano e provê-la de Patrimônio.
A 06 de julho de 1857, a localidade foi elevada a categoria de Paróquia e em 09 de julho do mesmo ano foi elevada a categoria de Freguesia e Distrito, pela Lei Provincial nº 822. Ficando subordinado ao município de Piranga.
O Decreto-Lei Estadual nº 26, de 07-03-1890, transfere o distrito de São Caetano de Xopotó do município de Piranga para o novo município de Alto Rio Doce.
Pelo decreto-lei estadual nº 148, de 17-12-1938, o distrito de São Caetano de Xopotó passou a denominar-se Cipotânea. Embora sem justificativa oficial, o topônimo Cipotânea deve ter se originado do nome do rio Xopotó, cujo significado no idioma tupi-guarani é “rio do cipó amarelo”.
Emancipação Político-Administrativa
Em 1948, um grupo de pessoas do distrito de Cipotânea, liderados por José Inácio de Carvalho, enviou ao Deputado Manoel Taveira um pedido de emancipação do dito distrito, que na época pertencia ao município de Alto Rio Doce. Tendo o deputado apresentado à Assembleia Legislativa um relatório em favor da emancipação de Cipotânea.
Apesar de todo o esforço desenvolvido em 1948, só em 12 de dezembro de 1953, através da Lei nº 1039, o distrito conseguiu elevar-se à categoria de município.
O novo município foi instalado em 01 de janeiro de 1954, com a posse do Interventor Municipal, o Sr. Raimundo Tibúrcio Henriques.
A cidade já pertenceu a várias Comarcas: Rio Pomba, Ouro Preto, Muriaé, Mariana, Piranga e atualmente pertence à Comarca de Alto Rio Doce.
Religiosidade
Os bandeirantes chegaram nas terras que hoje compreendem o município de Cipotânea em 1711, já nos primeiros dias do nascimento da povoação se é celebrada a primeira missa pelo Padre João Martins Cabrita.
Em 1755, Dom Frei Manoel da Cruz, primeiro Bispo de Mariana, a pedido dos moradores, dava a provisão para a construção da Capela de São Caetano e provê-la de Patrimônio. A dita capela foi benzida a 19 de março de 1856 pelo Padre João Martins Cabrita.
A 06 de julho de 1857, a localidade foi elevada a categoria de Paróquia, tendo sido desmembrada da Paróquia de São José do Xopotó (atual Alto Rio Doce).
Entrou a nova Matriz no gozo de seus direitos, em 24 de outubro de 1858, com a tomada de posse do 1º Vigário o Rev.mo. Padre José Joaquim de Melo Alvim, provisionado pelo Rev.mo. Dom Antônio José Ferreira Viçoso, C.M. (Bispo da Diocese de Mariana), e empossado pelo Rev.mo. Padre Agostinho Resende d’Ascensão (pároco de Alto Rio Doce) que havia cuidado desta Paróquia desde a sua criação em 06 de julho de 1857.
Na década de 1950, o 15º Vigário desta Freguesia Padre Argemiro Benigno de Carvalho, inicia a construção de uma nova Igreja Matriz.
O artesanato é uma atividade cultural de destaque em Cipotânea. Como grande produtora de milho, aproveita a palha para diversos produtos artesanais como bonecas, tapetes, cestas e outros artigos que são exportados para Europa e Canadá. Temos também alguns artesãos, destacando-se Geralda do Carmo Arantes, Madalena de Oliveira, Rita de Cássia, Cirlene Miranda, e Maria das Graças Teixeira.
Na música, Cipotânea possui a Corporação Musical Santa Cecília, com mais de 80 anos de história e que está sempre presente nas festividades religiosas. A Banda quase todos os anos promove um encontro de Bandas da região.
Há também o Grupo de Congado Nossa Senhora do Rosário, que se apresenta durante a Festa do Rosário.
Quase todas as manifestações culturais do município estão ligadas às festas religiosas, sendo que a maior delas é o Jubileu celebrado há quase cinquenta anos no mês de agosto, em honra a São Caetano.
Uma grande festa, na área civil, é a Festa do Milho, criada na gestão do Sr. Jonathas Pedrosa em 1983, sendo realizada todos os anos na Praça Nair Bernardes Barbosa. Uma curiosidade é a roupa da rainha da festa, toda confeccionada com palha de milho.
Outras festas que ocorrem na cidade são festas juninas, festa do Rosário, mês de Maria, a coroação de Jesus, Festa de Santana, Festa de Nossa Senhora do Carmo, Festa do Sabugo, Baile dos Motoqueiros, Cavalgada, Encontro dos Jeepeiros, o Carnaval, Sete de Setembro, Réveillon, a Semana Santa e o Corpus Christi. Na zona rural acontecem as festas dos padroeiros das comunidades, como por exemplo: Bom Jesus na Paciência e Nossa Senhora da Aparecida na Boa Vista.
Fonte: cipotanea.mg.gov.br e https://www.minasgerais.com.br/