O Museu e Arquivo Histórico está localizado em um casarão centenário. Foi inaugurado em 1999. Possui três alas temáticas: Sacra, Histórica e Memória Política do Município.
Inaugurado em 1999, o Museu e Arquivo Histórico de Catas Altas da Noruega – Memorial Padre Luiz Gonzaga Pinheiro está localizado em um casarão centenário. A edificação apresenta estrutura madeira com vedações em pau-a-pique e revestimento em reboco de barro sob pintura a base d’água. O pavimento sobrado é sustentado por porões em pedra. Os pisos são em tabuados original e os forros em madeira tipo saia e camisas com arremates frisados nos contornos. Internamente, salões e cômodos conjugados que se sucedem, abrigando várias alas de exposição do acervo.
O Museu e seu acervo são tombados pelo Patrimônio Municipal. Subdividido em três alas temáticas: a Ala Sacra “Padre Luiz Gonzaga Pinheiro”, a Ala Histórica “Professor Antonio Luiz Perdigão”, e a Ala Memória Política do Município “Prefeito Geraldo da Paz Rezende”.
Destacam-se as vestes sacerdotais utilizadas pelo Pe. Luiz Gonzaga Pinheiro, um importante personagem da história de Catas Altas da Noruega e uma exposição permanente de fotos e documentos relativos à história da queda de uma imagem de Nossa Senhora das Graças de um avião em 1949.
Outros bens podem ser observados na visitação: móveis, ferramentas e utensílios de diversas épocas e estilos.
Fonte: Prefeitura Municipal.
Histórico do município: A descoberta do ouro no então Território dos Cataguás provocou um verdadeiro alvoroço, trazendo levas de aventureiros vindos de todas as partes. Partindo das Vilas Paulistas, os desbravadores embrenharam-se nas matas sombrias e desconhecidas em busca do metal precioso. O ouro achado por Miguel Garcia no Ribeirão Água Suja em 1694 originou o povoamento da região da Serra da Itaverava que cresceu rapidamente como núcleo urbano, ponto de parada e entreposto.
Na região onde se encontra o atual município, três núcleos de mineração se formaram a partir das primeiras descobertas do ouro, originando três distritos: Noruega, São Gonçalo e São Francisco.
Os distritos de São Gonçalo e São Francisco eram próximos e acabaram se unindo num único povoado que passaria a ser chamado São Gonçalo das Catas Altas e mais tarde Catas Altas da Noruega. Como a cata do ouro era fácil, o povoado cresceu, chegando a contar com uma considerável população.
O termo CATAS ALTAS pelo qual ficou conhecida a região tem sua origem no processo primitivo para extrair ouro, que era explorado no sistema de catas, onde grandes escavações eram feitas nas areias dos rios até encontrar a pedra do fundo do leito. Essas areias (ou cascalhos) eram transportadas para as margens em bateias (carumbés). Aos poucos, devido às enxurradas, o processo de catas foi substituído por outros meios de exploração. A origem do nome NORUEGA é antiga e frutuosa, sendo que, a versão geralmente aceita, de que é nome dado pelos primeiros desbravadores ao encontrar aqueles morros frios e úmidos que “escondiam a face do sol”.
Por volta de 1750 surgiram os primeiros sinais de decadência da mineração e é através de outras atividades econômicas (comércio, agricultura, pecuária e serviços) onde a sua população busca nova alternativa de crescimento e sustento. Os garimpos não mais produziam e seu fechamento era inevitável. O pouco que ainda se conseguia mal dava para o pagamento do montante fixado pela cobrança dos quintos do Rei, e que era estendido também às pessoas que se dedicavam a outras profissões. A busca de novos destinos, novos rumos foi a forma encontrada. Outros que sequer tinham condições para sair amargaram a miséria, o abandono, a pobreza e a fome que assolaram os distritos e praticamente todas as regiões mineiras.
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Fonte: http://www.ipatrimonio.org/